quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Um simbolo de resistência e orgulho :O Percurso do negro em Porto Alegre



Nessa última visita podemos percorrer o Museu do Percurso Negro em Porto Alegre, foi particularmente minha segunda visita e me foi concebido um nova visão sobre o percurso , a grande ideia do percurso não é vitimizar a história do negro em Porto Alegre , mas sim trazer a glória do povo que sim, sofreu , diferente de imigrantes europeus eles não foram convidados mas sim forçados a vir ao Brasil , é um história difícil e cheia de dificuldades para ser abordada , não cabe a mim vir a falar sobre ela , pois mesmo sendo descendente de negros nunca sofri essa doença chamada racismo , herança do período da escravidão, é necessário ter  orgulho desta história , pois mesmo com essa situação foi dada a volta por cima e ainda é dada cada dia mais .Sobre a visita  deve ficar claro a sua importância , pois muito que se tem sobre negros seja em escolas ou até mesmo em museus está ligado a escravidão , mas não é apenas essa histórias dos negros seja no rio grande do sul ou no mundo , assim como outras culturas,histórias e fatos incríveis e belos existem , e o Museu do percurso negro é isso , além de um grande simbolo de resistência eles são um grande simbolo da cultura negra , porto-alegrense ,gaúcha e brasileira ,principalmente brasileira , pois o Brasil nada mais é que a mistura das etnias existentes .

Quero também agradecer a professora Zita Possamai que proporcionou a nós futuros museólogos essas visitas ao longo da disciplina de Museu, cidade e patrimônio ,foi fantástico para mim que nasceu e foi criado em Porto Alegre ter esse verdadeiro banho de cultura e conhecimento sobre a minha cidade natal , é fantastico ver como Porto Alegre foi e ,como ela é rica na questão da história e da arte.Novamente quero agradecer aos meus colegas e a professora Zita Possamai nossos encontros quarta pela manhã irão fazer falta.


Abaixo está um pouco mais da formação do Percurso do Negro em Porto Alegre , para saber mais o link do site está no final do texto.


Formação

O desenvolvimento partiu de uma construção coletiva da comunidade negra local, onde sua falta de representatividade no patrimônio cultural remetia à invisibilidade social desta parcela da população. O projeto estabelece visualização e fruição de espaços marcantes para a etnia negra do ponto de vista da memória, da identidade e da cidadania, gerando percursos através da construção de obras públicas que referendem a passagem dos ancestrais por lugares territorializados pela comunidade negra na cidade de Porto Alegre. Paralelamente à construção das obras de arte públicas, a equipe do Museu mantém cursos de formação para jovens monitores, já tendo realizado duas edições, sendo a primeira na Escola de Saúde Pública em 2009 e a segunda no Quilombo do Areal em 2014. 



Execução

O projeto se constitui através da colaboração de diversas entidades do movimento negro, reunidas pelo Centro de Referência Afro-brasileiro. A primeira etapa do Museu de Percurso do Negro, concluída no ano de 2011, foi realizada por diversas entidades, sob a coordenação gestora do Grupo de Trabalho Angola Janga. Nessa etapa o Museu fazia parte do Programa Monumenta, do Ministério da Cultura (MinC), executado com recursos da União, de estados e de municípios, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e cooperação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e da UNESCO. Na primeira etapa foram executadas as obras de arte Tambor e Pegada Africana. A terceira etapa foi protagonizada pela Congregação em Defeza das Religiões Afrobrasileiras - CEDRAB RS, e contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre para a execução da obra  de arte Bará do Mercado. A realização da quarta etapa conta com recursos oriundos do Prêmio Funarte de Arte Negra / MinC-Seppir, e inclui a execução da obra de arte pública Painel Afrobrasileiro, além da formação de jovens monitores do Quilombo do Areal e o lançamento de um catálogo. 


O Percurso do Negro em Porto Alegre 

O percurso visual em processo de execução evoca a presença, a memória, o protagonismo social e cultural dos africanos e descendentes no Centro Histórico da cidade de Porto Alegre, cuja pesquisa histórico-antropológica indicou os lugares vivenciados pelos negros, a fim de elaborar objetos de arte representativos, como no Cais do Porto e antigos Ancoradouros; no Mercado Público e seu entorno; no Largo da Quitanda (Praça da Alfândega); no Pelourinho (Igreja das Dores); no Largo da Forca (Praça Brigadeiro Sampaio) e Esquina do Zaire (Av. Borges de Medeiros com Rua da Praia). No entorno, a partir das redes de relações sociais dos negos cativos e livres, temos a Igreja da Nossa Senhora do Rosário, o Mercado Público e a Santa Casa de Misericórdia, a Colônia África e o Areal da Baronesa.

Site do Museu:http://museudepercursodonegroemportoalegre.blogspot.com.br/


terça-feira, 17 de novembro de 2015

Museus e Hospitais ,uma combinação boa para saúde.


MHUM
Na nossa última aula  de Museu ,Patrimônio e cidade , fizemos uma visita ao Museu de história da medicina do Rio Grande do Sul(MUHM) e ao Novíssimo Centro Histórico e Cultural da Santa Casa,primeiramente  fomos ao MUHM , que fica sediado na Hospital de Beneficência Portuguesa de Porto Alegre , o segundo hospital de Porto Alegre , o Museu não pertence ao hospital mais sim ao SIMERS(Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul) , nele é realizado  as mais variadas exposições exposições ligadas a área médica , nesta visita estavam expostos corpos humanos , e tinham a ideia do estudo da anatomia humana, numa outra visita estavam realizando uma exposição com o tema "medicina e futebol" , ou seja a instituição mescla exposições de curta duração com as de longas duração , que ficam em outro recinto  com peças doadas por médicos aposentados que auxiliam na mensagem do museu de contar a história da medicina no Rio Grande do Sul.

Centro Histórico e Cultural da Santa Casa


Nossa visita termina com o Centro Histórico e Cultural da Santa Casa , onde podemos nos deparar com uma instituição moderna e muito organizado em termo museológicos, além do museu a instituição apresenta biblioteca e uma sala de teatro que serve para shows também, apresenta também uma área comercial rica ,com sua loja e seu bistrô. No Museu podemos nos deparar com a história da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre , traça uma linha do tempo desde a criação de Santas Casas em Portugal até os dias de hoje , no museu podemos encontrar desde a famosa "roda dos expostos" , onde as mães que não tinha condições de sustentar seus filhos abandonavam-os aos cuidados das freiras da santa casa  ,até uma modelo da farmácia onde as próprias freiras faziam os remédios . Uma curiosidade também é para a reserva técnica que fica exposta por uma janela de vidro para os visitantes . Na exposição também é possível encontras a história do lugar onde o Centro Histórico Cultural fica  , onde se é reproduzido um vídeo da evolução de todo complexo da Santa Casa , além disso tudo temos as doações realizadas por médicos ou parentes que tem alguma ligação com a história da instituição .
Para finalizar faço das palavras de uma da ministrantes da visitas ,a Professora Vera Barroso, as minhas, ela nos relatava a dificuldade da criação do centro histórico cultural , pois muitos dos irmãos e irmãs pertencentes a igreja católica não viam como a criação desse centro poderia auxiliar na saúde das pessoas , então a professora Vera falou" com as pessoas se entretendo culturalmente e adquirindo cultura e conhecimento a saúde mental delas vai estar ótima!". Ou seja museus e hospitais fazem bem a saúde! 


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Visita ao Mercado Público de Porto Alegre


No quarto encontro da cadeira de Museu,patrimônio e cidade nós fizemos uma visita ao mercado público de porto alegre ,ministrados pela Professora Zita Possamai e seus convidados Dóris Oliveira e Pedro Vargas, onde nos foi apresentado um pouco da história do mercado mas principalmente como ele influência a vida de todos que por ele passam seja para fazer compras ,seja para largar sua moeda  para o Bará do mercado ,ou apenas tomar um café ou sorvete na famosa banca 40 ,é esse mercado que ao mesmo tempo é tão valorizado e tão  desvalorizado ,se assim posso dizer, que  se situa entre o largo Glênio Peres,a avenida Borges de Medeiros ,a avenida Julio de Castilhos e a praça Pereira Parobé, muitos que por lá passam não sabem , ou não ligam para mudanças que ocorreram ao longo dos tempos.
A visita teve grande foco na restauração do mercado  nos anos 90 onde foi colocada sua cobertura como hoje conhecemos e foram instaladas as escadas rolantes, os ministrantes enfatizaram a preocupação que se teve na época para o mercado não perder sua essência , ideias que até hoje são defendidas como a inexistência do auto atendimento, todas as lancherias,peixarias,fruteiras e açougues e as outras várias lojas presentes no mercado público tem como característica  o atendimento  feito em contacto com o vendedor ,não existem bandejas em freezers  como se é visto em grandes redes de supermercados ,lá o cliente deve conversar com o vendedor , a tradição dita muito do cotidiano do mercado, como foi comentado muitos dos  comerciantes passaram boa parte de suas vidas lá dentro e eles são partes da história do mercado  .
O mercado também apresenta um grande ligação com a religião afro-brasileira, como por exemplo seu centro onde se acredita estar enterrado o Bará do mercado e nele é depositado moedas ,balas de mel ou realizados movimentos que demonstram fé e respeito pelos crentes que por lá passam , uma curiosidade é que um dos ministrantes falou sobre uma obra que lá ocorreu e mesmo em obra as pessoas jogavam moedas em direção ao monumento , no final de um mês se pode contabilizar quatro mil reais em moedas , lógico que os crentes não tem a ideia do dinheiro em primeiro lugar ,o objetivo é claro honrar a tradição e a fé de sua religião mas é curioso saber que quatro mil reais lá são depositados todo mês .Outra curiosidade é a presença em todos os quatro cantos lojas de artigos religiosos .
O mercado não é "normal" foi o que eu particularmente pude analisar ele é diferente ele pulsa história e tradição seja ela pelos negros,seja pelo comércio seja pelas religiões nele presente toda essa gama de história lá presente é muito maior que esse pequeno post , ele é vivo , não se tem nada igual a ele mesmo hoje com os mais modernos shoppings centers ou os mais sofisticados mercados não conseguem tirar a realeza que o mercado apresenta ,como a professora Zita Possamai disse "Visitem o Mercado!!!"

A tradição religiosa também se faz presente com oferendas ao Bará do mercado

escadas rolantes instaladas nos anos 90 e um pouco do movimento do mercado

Teto também posto nos anos 90 ,ele não encontra com a estrutura do mercado para que se caso um dia se queira retira-lo

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Monumento e Museu Julio de Castilhos


No terceiro encontro realizado na cadeira de Museu,patrimônio e cidade ,nós fizemos uma visita ao monumento e museu Julio de Castilhos ministrada pela Professora Elisabete Leal.O primeiro ponto visitado foi o monumento onde nos foi a presentado a sua história mas principalmente a sua simbologia ,logo se pode notar um destaque especial para três figuras que representam a vida de Julio de Castilho , o Velho que apresenta uma expressão de pensadora , onde está com um livro aberto sobre o colo ,do lado oposto está representado a juventude do Julio de Castilhos mais precisamente seu início no jornalismo e nas suas aplicações republicanas , mas a escultura que chama mais a atenção é a de Julio de Castilho já maduro e líder da vertente positivista do Rio Grande do Sul , nela está representados os ideais do líder positivista,a coragem ,sendo contida pela cautela e no lado oposto o guarda observado e mantendo a firmeza , no centro se encontra a figura, agora fiel, de Julio de Castilho ,mirando o horizonte e com um livro quase que fechado se mostrando pronto para levantar com seu pé um pouco inclinado , em cima de escultura de Julio de Castilho está uma escultura que representa a pátria ou melhor a república  .Outras referências são feitas no monumento como em relação a revolução francesa onde se vê o ano em que ocorreu, e também o gaúcho  que representa o povo e a felicidade em relação a república , dragão também tem seu significado que é o perigo e mais precisamente o perigo para república na época que era a volta da monarquia .
Mascara Mortuária
Bento Gonçalves
A segunda e última parada foi no museu Julio de Castilhos , que representa o museu  do Rio grande do Sul e se localiza na antiga residência do Julio  de Castilhos,Lá se nota diferentes cômodos com diferentes temas tem a famosa bota do gigante , a sala das missões com esculturas e artefatos feitos pelos indígenas , está também incluso a revolução farroupilha onde se tem pinturas de seus lideres , Bento Gonçalves , Giuseppe Garibaldi e sua esposa Anita Garibaldi , canhões ,armas e bandeiras utilizadas pelos farroupilhas  .O ponto chave do museu é o quarto do Julio de Castilho recriado com as mesmas mobilias, impressiona , está lá a mascara mortuária de Julio de Castilho sua famosa foto pintura ,escrivaninha e cadeira nela se pode sentir um pouco a a ideia do que era Julio de Castilho pois com uma corda a sala se divide , entre a vida publica e privada do líder dos positivistas.

Então chegando ao final podemos notar a importância que Julio de Castilhos teve e terá para o Rio Grande do Sul , e claro como se foi feita a fabricação deste imortal chamado Julio de Castilhos .

Foto-Pintura 
Escultura Missioneira

Cama de Julio de Castilhos , detalhe para a corda que divide a vida de Julio de Castilhos

Giuseppe Garibaldi




quarta-feira, 1 de julho de 2015

A Escrita do Passado em Museus Históricos

Neste livro Myrian Sepúlveda dos Santos retrata a história do museu imperial e o museu histórico nacional , começando pelo museu histórico nacional , ela retrata um pouco da história dos dois museus e como foram modificadas as formas de se expor ao longo dos anos .

Começando pelo museu histórico nacional que foi fundado em 1922 na cidade do Rio de Janeiro , tendo como principal agente de sua criação o Gustavo Barroso que foi seu diretor por quarenta anos , o museu nesses quarenta anos não apresentava reserva técnica , pois todo acervo era exposto não se tinha um roteiro e se tinha um grande interesse nas imagens dos "heróis" brasileiros por parte de Gustavo Barroso .Após a saída de Barroso o museu  começou a tomar outros rumos uma reserva técnica foi criada e um principio de roteiro foi formado  após esse período o museu tomou a sua forma onde se formou um roteiro e as peças em exposição começaram a ter o auxilio de maquetes e textos .

Fundado em 1940 o museu imperial já começou com o pé direito  tinha uma média de mil visitantes por dia sendo que muitos museus na época comemoravam se tivessem dez mil ao ano, o museu apresentava um certo encanto nos visitantes que se encantavam com as peças imperiais o glamour que tais peças traziam, o principal objetivo do museu era levar os visitantes de volta ao tempo totalmente parciais tratavam o período imperial como perfeito e sem falhas .Ao longo dos anos não mostrou grandes mudanças em relação a exposição e quando tentou mudar notou uma queda nas visitas.
Os dois museus tinha como objetivo montar uma nacionalidade apresentando nossa história o museu histórico nacional foi o único que mostrou essa mudança tentando se tornar mais imparcial ao longo dos anos e não apresentar, o chamado pela autora, "culto ao passado", onde tinha como o objetivo de idealizar o passado sem muita preocupação , o museu imperial por sua vez se manteve estático a isso e continuou sua fórmula de sucesso ao longo dos anos .

A criação de heróis ou A fabricação do imortal

O que faz alguém imortal?o que nos torna um herói ? no livro da Regina Abreu " A fabricação do imortal" é feito algo que torna um cidadão comum numa figura que pode ser posta ao lado de "heróis " nacionais como Duque de Caxias, Bento Gonçalves e Tiradentes, esse ato ,de tornar uma pessoa "comum" num herói nos faz pensar , sobre os verdadeiros heróis e nos faz imaginar seriam eles realmente tão fantásticos e únicos que devem ser idolatrados ?
Em qualquer livro ou filme que trate de alguém que teve fatos honrosos e pode ser considerado herói se vê as mesmas características, uma infância  com ares de sofrimento , superações ao longo da vida até alcançar o posto de herói mas será mesmo? será que na infância Napoleão já imagina estratégias e fazia brigas para "conquistar" terrenos de paris ? ou melhor será que para as pessoas que foram conquistadas por Alexandre o grande o viam  como um herói?como quase tudo , a relatividade  é a base da criação do herói , pessoas que compactuam com o nazismo dificilmente veem Hitler como um vilão .
Os museus , ou melhor a história em si tem esse grande dom de transformar um mero ser humano num ser admirável num ser que serve de exemplo ,Albert Einstein foi um dos maiores físicos de todos os tempos mas relatos apontam que tinha uma serie de normas para como sua esposa deveria trata-lo algumas ridículas , ele é admirável pelo que ele fez pela física? com toda certeza que sim , mas e como marido? bem acredito que ele não esteja figurando entre os melhores.
Mas o que interessa para um museu? A historia de como Bento Gonçalves teoricamente lutou contra o império brasileiro ou como ele tratava seus escravos? por muito tempo apenas a primeira parte importou hoje nós temos um novo pensamento que tenta "quebrar" um pouco essa imagem de um herói inigualável.Tornando-os mais humanos e menos heroicos.
 

terça-feira, 30 de junho de 2015

As faces do profissional Museólogo nos âmbitos nacionais e internacionais


O termo Museólogo para caracterizar o profissional de museus é mais utilizado no Brasil. Em âmbito nacional, a profissão só foi reconhecida nos anos sessenta, onde o graduado no curso de Museus - do Museu Histórico Nacional (RJ) - recebeu o diploma de Museólogo. Nos anos anteriores a 1960, o profissional era chamado de Conservador de  Museu e após, de Museologista.
No âmbito internacional, existem inúmeros termos que são capazes de descrever o profissional Museólogo, seja o indivíduo formado ou especializado em Museologia, bem como o que é proveniente de outros ramos do conhecimento e consequentemente exerce alguma função - científica e prática - em ambientes musealizados. Na França, o profissional pode ser chamado de Conservateur ou Museólogue. Em países que a língua inglesa é predominante, pode-se encontrar as denominações Curator, Museum Curator ou Museologist.
Os anos dourados para a definição do perfil do profissional Museólogo no Brasil compreendem o ano 1984 -  onde foi autorizado a criação de conselhos em nível nacional e  regional - e o ano de 1992 - quando foi conferido pelo Conselho Federal de Museologia (COFEM) as normas de conduta para o profissional Museólogo, com a nomenclatura de Código de Ética Profissional para os Museólogos - e 2009, quando foi instituído o Estatuto de Museus que acrescentava outras providências à profissão.
Segundo a Lei n° 7287 de Dezembro de 1984, cabe ao Museólogo: Ensinar Museologia nos seus diversos conteúdos; Planejar, organizar, administrar, dirigir e supervisionar os museus -  bem como as exposições, sejam de caráter educativo e/ou cultural - dentro de instituições de caráter museológico; Solicitar o tombamento de bens culturais materiais, assim como o registro de bens imateriais, nos seus respectivos livros; Coletar, conservar, preservar e divulgar o acervo museológico.
Todo o Museólogo no Brasil deve respeitar dois códigos de ética, o do Conselho Internacional de Museologia (ICOM) e o do Conselho Federal de Museologia (COFEM).Um Museólogo só poderá ser assim chamado após associar-se ao Conselho Regional de sua respectiva região. Antes disso, caso seja graduado em Museologia, ele será apenas Bacharel em Museologia. O Conselho Federal de Museologia conta com seis ramificações, denominadas COREM (Conselho Regional de Museologia). Apenas um COREM conta com um só estado, a 3ª Região, na qual o Rio Grande do Sul a compõe

O profissional Museólogo pode atuar em todo e qualquer local ou instituição onde pode-se  identificadar práticas museológicas, seja em museus, galerias de arte, institutos de pesquisa, centros de documentação, centros educacionais (que incluem escolas, universidades, centros de ciência e tecnologia, jardins botânicos, zoológicos, aquários e planetários), além de parques e reservas naturais, sítios históricos e arqueológicos, empresas de pequeno, médio e grande porte, coleções públicas e particulares, produtoras de vídeo e emissoras de televisão, arquivos, bibliotecas, teatros e cidades-monumento.

Las cajas españolas e sua importância


Em uma das aulas tivemos a oportunidade de assistir o filme "las cajas españolas", O filme retrata as pessoas que  sacrificaram seu tempo e arriscaram suas vidas para proteger obras de arte na guerra civil espanhola .O interessante é que esse tema não é único pois foi lançado no final do ano passado o filme "caçadores de obras primas"que retrata um grupo que também visa proteger obras só que no período da segunda guerra mundial.
Nos dois filmes podemos notar o sacrifício  que são feitos desde caminhões que tinham que ser abarrotados de caixas contendo quadros e dependo do local tinha que ser desmontados e montados novamente até o risco que o governo poderia trazer , mas o que faz esses quadros tão especiais ao ponto de custarem até mesmo a vida  de seus protetores?
A ligação com o passado , o estudo do belo e até mesmo do feio, a constituição de uma nacionalidade tudo isso faz parte  dessa admiração .Os museus tem grande força nessa ligação com o passado , com a construção dessa nacionalidade  claro que auxiliados  com as obras , mas qual o sentido? numa guerra aonde pessoas morrem , onde pessoas inocentes são mortas , qual o motivo de não auxiliar as pessoas ao invés das obras? é uma ideia  muito injusta essa , pessoas são e sempre serão prioridades as ideia de tentar justificar o descaso com a historia pelas pessoas mortas é muito injusto pois a guerra vai passar nenhuma guerra dura para sempre , nem uma pessoas dura para sempre a  unica coisa que fica é a historia é os quadros pintados é as esculturas feitas é as historias escritas isso é eterno e nunca deve ser apagado .
Abaixo está o documentário espanhol:


terça-feira, 12 de maio de 2015

Museus nacionais do século XIX


O século XIX pode ser chamado de era da ciência e cultura , principalmente no Brasil já que foi nesse século que grades avanços foram feitos nessas áreas , um deles foi a criação de três museus , o museu nacional localizado na capital da época,o Rio de Janeiro , o Museu Paulista, também conhecido como Museu do Ipiranga e por último o Museu Paraense localizado na entrada da floresta Amazônica, todos os três eram focados na ciências naturais , zoologia era a principal juntos com estudos minerais e botânicos .

O museu Nacional , foi criado em 1818 e teve como grande impulso a vinda da familia real para o Brasil em 1808 , já que o poder do império português havia se deslocado era necessário que a nova sede se transforma-se nao apenas politicamente como também culturalmente ,a criação do museu em seus primeiros anos foi bem conturbada não  tinha organização científica , e muitas vezes era feita
devidas reclamações ora por falta de verba ora por falta de objetos desejados,mas foi apenas  durante os anos de 1870 que o museu após uma reinauguração alcançou um caráter mais científico, com o Archivos do Museu Nacional revista que ajudou na divulgação do museu e com uma nova modelagem parecida com os museus científicos europeus.

O museu paulista por sua vez surgiu da ideia de homenagear a independência brasileira ideias de sua criação já eram relatadas desde 1824 , mas foi só em 1885 que de fato o museu foi inaugurado, tendo como diretor o zoólogo alemão Herman Von Ihering  que com certo radicalismo tomou conta do museu e das publicações feitas na revista do museu paulista .O museu  em 1893 adquiriu  coleções pertencentes a Joaquim Sertório , composta por peças de historia natural como também mobiliários , jornais e objetos indígenas .

O museu Paraense , foi o melhor localizado , já que estava na entrada da floresta amazônica , ele foi o ultimo a ser criado e sua criação e profissionalização foi impulsionada pelo boom da borracha que a região apresentou nos anos de 1890 , sendo que a fundação do museu  foi feita  em 1871 foi apenas em 1891 que o museu realmente teve sua inauguração feita , logo em 1893 foi feita a contratação de Emilio E Goeldi , zoólogo suíço que  havia sido demitido do museu nacional. Goeldi a partir de então tentou transformar o museu uma reprodução dos museus científicos europeus , criou o Boletim do Museu Paraense de Historia Natural e Etnografia , e em suas exposições .
Os três  tinham bastante semelhanças , todos queriam ser museu enciclopédicos onde todo conhecimento humano seria armazenado , mas também havia certa rivalidade principalmente dos museu de São Paulo e Pará com o carioca ,o paulista afirmava que o carioca não tinha o formato científico e o paraense dizia que o carioca apenas pegava aquilo que era do Pará sem nunca devolver, era uma grande busca para ver qual seria o mais completo na busca do titulo de enciclopédico ,os museus mantinham contato com outros museus europeus e com pesquisadores que eram muita vezes os principais doadores das instituições , como antes havia dito o principal  "produto" dos museus eram de origens animais ,vegetais e minerais , além de estudos antropológicos.
 Vale-se lembrar que na época o conhecimento era muito escasso e alfabetização era baixo e os museus poderiam ajudar e muito na educação , mas por causa de certos detalhes não se era feito , os detalhes são que não era qualquer pessoa que entrava no museu ,
o paulista por exemplo foi feito da classe alta para a classe alta paulistana , essa ideia foi perdurando e até hoje muitos tem a noção de museu como algo para ricos e não como meio de educação que ele é.
A importância desses museus é inimaginável eles foram os percursores enfrentaram problemas que até os museus de hoje enfrentam como o problemas com a verba e o espaço ,era um período difícil várias mudanças foram feitas  seja no Brasil como no mundo ,a luta feita por essas pessoas ficará para sempre , só me resta agradecer por tudo , muito obrigado "Era dos Museu" .

sexta-feira, 1 de maio de 2015

III Encontro História, Imagem e Cultura Visual




Comentário referente as apresentações feitas no dia 23/04/2015 no III Encontro História, Imagem e Cultura Visual :


As apresentações feitas nos dias foram referente , aos os museus sendo que as apresentações foram divididas em duas partes nas três primeiras foram referentes a museus gaúchos e as outras três foram com temas distintos. Na primeira parte das apresentações o que achei mais interessante foram certos termos como a ideia do museu pedagógico que foi apresentado na apresentação referente ao museu de história natural do colégio Anchieta, termo esse que vai de encontro com certos pontos que nos foram apresentados quando estudamos a nova museologia , já que tem a ideia de ir de encontro ao povo e ensinar de uma maneira muito mais prática do que dar um livro para um estudante dentro de uma sala de aula.Outras apresentações feitas nessa primeira parte se refere ao museu Julio de Castilho que eu já havia assistido em outra ocasião em sala de aula mas dessa vez foram apresentados novos aspectos sobre o Julio de Castilho e a necessidade que se teve em preservar sua imagem após sua morte.A última apresentação foi referente ao museu das missões, o que  chamou minha atenção foi as obras que lá são expostas , imagens de santos em sua maioria sem nem uma referência aos verdadeiros moradores do local , os índios.
A outra metade das apresentações tiveram temas distintos em relação a primeira metade, começando com a apresentação do   e como era prestigiado essa ideia.
projeto 40 museus em 40 dias que tinha o intuito de apresentar 40 museus da cidade de São Paulo em 40 dias ,o mais interessante foi que o projeto apresentava desde como chegar lá por transporte público como também a preocupação de serem museus com entrada franca ,ações que facilitaram muito o sucesso do projeto . A quinta apresentação do dia trouxe a exposição realizada na Colômbia com o tema “Colômbia na grande guerra” , foram nos apresentados principalmente os bastidores da exposição desde a ideia de como a imagem do pôster ,segundo a comunicadora passou a imagem errada, a como foi montado as trincheiras dentro do museu que deva a sensação de estar no meio do campo de batalha.A última apresentação teve o tema a exposição universal feita em Paris em 1900 ,o que me chamou atenção foi a ideia que a exposição passava ,de trazer os conhecimentos de diferentes países reunidos em um só local
Como estudante de museologia o meu foco foi mais para como foram feitas as pesquisas e as ideias técnicas passadas pelas comunicadoras é impressionante o mundo que existe nesse universo chamado museu ,desde exposições universais a como manter a imagem de um líder tudo isso faz parte do museu , todas as ideias, todas as pesquisas apresentadas só me fizeram ter o sentimento de gratidão por estar lá e ver como eu não sei nada , e é muito bom não saber nada pois só assim esse sentimento de maravilha  existe quando adquirimos o conhecimento.

sábado, 4 de abril de 2015

Louvre:quando a identidade nacional toma forma

Antes de falar o do louvre devemos falar sobre seu antecessor o museu de luxemburgo, o primeiro museu francês,o fechamento do museu de luxemburgo foi um grande impulso para a criação de um museu no palacio real do louvre ,com a nomeação do conde d´Angiviller  para o cargo de diretor de edifícios do rei  , a coleção que seria exposta no novo museu foi criando forma , todo ano apartir de 1774 Angiviller encomendava obras como o tema "Grandes Homens Franceses" era um principio de algo que se tornor comum nos museus , contar a história dos heróis , isso tem como principal caracterista a criação de um orgulho por parte do povo por pertencer a uma nação onde tal pessoa  conquistou grandes feitos ,fora as coleções Angiviller investiu na ideia da monumentalidade , a ideia era tornar o museu algo imponente perante as outras nações ,tornar algo único que se tornasse um orgulho aos franceses , por causa dessas ações abertura do museu do Louvre só ocorreu na revolução francesa.
Pode se afirmar que criação museu  do Louvre chegou a ultrapassar a ideia das artes e ganhou uma ideia muito mais política do que a artística ,a identidade nacional é ,foi e sempre será  um assunto importante para uma nação se tornar forte, um povo que se sente parte de algo mais forte ele será caso algo externo atinja a nação, o museu do Louvre trouxe isso,, essa importância de  pertencer a algo , claro que a revolução francesa foi muito mais importante mas na identidade nacional ligada a cultura o museu do Louvre merece o crédito.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Colecionismo:Ato de poder ou Hobby?

Na quarta aula da cadeira de historia dos museus e dos processos museológicos foi debatido o colecionismo e como ele ajudou a formação dos museus como conhecemos hoje.muito antes da formação dos museus como os conhecemos quadros eram exibidos ao publico estátuas eram admiradas ,a nobreza , a igreja e as instituições de poder exibiam suas coleções , como dito  no texto de Krzysztof Pomian, outro ponto que o autor se refere data da antiga Grécia onde os templos tinham estátuas e imagem em homenagem aos deuses e aqueles que viam de longe quando entravam em contacto admiravam as obras que pertenciam as "coleções" de tais polis gregas.
O colecionismo foi evoluindo como tudo, mas qual a importância?qual a necessidade alguém tem de juntar obras de arte, do cotidiano, ou qualquer coisa que possa ser "juntada"?com o tempo essas respostas são respondidas. Claro que o ego de um grande colecionador de arte se inflama quando muitas pessoas se reúnem para admirar sua coleção, mas será que passa pela cabeça do colecionador que o publico esta interessado na coleção e não no colecionador , a importância que colecionadores tem são gigantes, muitas obras que hoje admiramos em museus só podem estar lá presente graças a ações de colecionadores sejam de escala publicas como de escala privada.
Outra ideia levantada na aula foi a relevância, o que é relevante em uma coleção?se pegássemos uma pessoas que nunca teve contato com a população e apresentássemos a santa ceia de Leonardo da Vinci, qual a sensação viriam a sua cabeça?certamente não seria a mesma que uma pessoa que se diz cristã tem , grandes museus apresentam itens que talvez para um certo público aquilo não tenha nenhuma importância, a relevância das coleções são gritantes o que é belo e importante para mim , pode não ser belo e importante para você  .
Sim ,como dito antes o colecionismo é importante mas como ato de poder e como hobby , era e é ainda o hoje imponente aquela instituição que detêm tal obra , mas também é um hobby colecionar, como na imagem mostra a coleção de moedas, já que não sabemos que histórias cada uma dessas moedas pode contar e vir a se tornar imponente o mantenedor dessas que um dia foi , uma simples coleção de moeda.

Museu Julio de Castilho

"Júlio Prates de Castilhos (Cruz Alta, 29 de junho de 1860Porto Alegre, 24 de outubro de 1903) foi um jornalista e político brasileiro, eleito Patriarca do Rio Grande do Sul pelos seus conterrâneos. Foi governador do Rio Grande do Sul por duas vezes e principal autor da Constituição Estadual de 1891.1 Disseminou o ideário positivista no Brasil"

"O Museu Júlio de Castilhos é o mais antigo museu do Rio Grande do Sul. Está instalado em dois antigos casarões de Porto Alegre, localizados na rua Duque de Caxias 1231 e 1205, no centro da cidade. "

Feita as devidas apresentações vamos aos conteúdos apresentados em aula, como dito na discrição o museu Julio de Castilho é o mais antigo do estado dos gaúchos , ele foi fundado em 30 de janeiro de 1903 pelo decreto do então governador Borges de Medeiros que era muito amigo de Julio de Castilho e acreditava que a imagem do positivista não poderia ser apagada após sua morte,logo após sua criação o museu já apresentava certos problemas desde o espaço que o diretor da época reclamava via carta ao governador outra de suas reclamações  escritas era a falta de iluminação em determinados pontos.Outra história curiosa que foi  contada sobre o museu foi quando o Brasil entrou na ditadura militar e um militar assumiu o museu um dos seus atos foi o fechamento do museu por dois anos.
 Outra curiosidade sobre o museu é que ele é a casa onde Julio de Castilho viveu e foi nela que ele morreu , onde também sua esposa veio a falecer , ela ,como pode se ver na foto, é daqueles casarões  pertencentes a classe alta porto-alegrense  do século 19
 Ressaltar a importância do museu Julio de Castilho é ressaltar a importância da historia de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul , já que o MJC passou por períodos que marcaram o mundo , foram feita  obras de ampliação onde anexaram o prédio do lado ao museu , O acervo do museu  é composto de mais de 11 mil objetos, divididos em 29 coleções, como: iconografia (pinturas, gravuras, fotos), indumentária (roupas, acessórios, modas de épocas), armaria (armas), etnologia (objetos relacionados à cultura indígena), escravista (objetos utilizados no período da escravidão), documentos, máquinas, utensílios domésticos, objetos de uso pessoal, missões, dentre outras. O acervo é tombado como patrimônio nacional, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).