No quarto encontro da cadeira de Museu,patrimônio e cidade nós fizemos uma visita ao mercado público de porto alegre ,ministrados pela Professora Zita Possamai e seus convidados Dóris Oliveira e Pedro Vargas, onde nos foi apresentado um pouco da história do mercado mas principalmente como ele influência a vida de todos que por ele passam seja para fazer compras ,seja para largar sua moeda para o Bará do mercado ,ou apenas tomar um café ou sorvete na famosa banca 40 ,é esse mercado que ao mesmo tempo é tão valorizado e tão desvalorizado ,se assim posso dizer, que se situa entre o largo Glênio Peres,a avenida Borges de Medeiros ,a avenida Julio de Castilhos e a praça Pereira Parobé, muitos que por lá passam não sabem , ou não ligam para mudanças que ocorreram ao longo dos tempos.
A visita teve grande foco na restauração do mercado nos anos 90 onde foi colocada sua cobertura como hoje conhecemos e foram instaladas as escadas rolantes, os ministrantes enfatizaram a preocupação que se teve na época para o mercado não perder sua essência , ideias que até hoje são defendidas como a inexistência do auto atendimento, todas as lancherias,peixarias,fruteiras e açougues e as outras várias lojas presentes no mercado público tem como característica o atendimento feito em contacto com o vendedor ,não existem bandejas em freezers como se é visto em grandes redes de supermercados ,lá o cliente deve conversar com o vendedor , a tradição dita muito do cotidiano do mercado, como foi comentado muitos dos comerciantes passaram boa parte de suas vidas lá dentro e eles são partes da história do mercado .
O mercado também apresenta um grande ligação com a religião afro-brasileira, como por exemplo seu centro onde se acredita estar enterrado o Bará do mercado e nele é depositado moedas ,balas de mel ou realizados movimentos que demonstram fé e respeito pelos crentes que por lá passam , uma curiosidade é que um dos ministrantes falou sobre uma obra que lá ocorreu e mesmo em obra as pessoas jogavam moedas em direção ao monumento , no final de um mês se pode contabilizar quatro mil reais em moedas , lógico que os crentes não tem a ideia do dinheiro em primeiro lugar ,o objetivo é claro honrar a tradição e a fé de sua religião mas é curioso saber que quatro mil reais lá são depositados todo mês .Outra curiosidade é a presença em todos os quatro cantos lojas de artigos religiosos .
O mercado não é "normal" foi o que eu particularmente pude analisar ele é diferente ele pulsa história e tradição seja ela pelos negros,seja pelo comércio seja pelas religiões nele presente toda essa gama de história lá presente é muito maior que esse pequeno post , ele é vivo , não se tem nada igual a ele mesmo hoje com os mais modernos shoppings centers ou os mais sofisticados mercados não conseguem tirar a realeza que o mercado apresenta ,como a professora Zita Possamai disse "Visitem o Mercado!!!"
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A tradição religiosa também se faz presente com oferendas ao Bará do mercado |
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escadas rolantes instaladas nos anos 90 e um pouco do movimento do mercado |
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Teto também posto nos anos 90 ,ele não encontra com a estrutura do mercado para que se caso um dia se queira retira-lo |
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