quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Monumento e Museu Julio de Castilhos


No terceiro encontro realizado na cadeira de Museu,patrimônio e cidade ,nós fizemos uma visita ao monumento e museu Julio de Castilhos ministrada pela Professora Elisabete Leal.O primeiro ponto visitado foi o monumento onde nos foi a presentado a sua história mas principalmente a sua simbologia ,logo se pode notar um destaque especial para três figuras que representam a vida de Julio de Castilho , o Velho que apresenta uma expressão de pensadora , onde está com um livro aberto sobre o colo ,do lado oposto está representado a juventude do Julio de Castilhos mais precisamente seu início no jornalismo e nas suas aplicações republicanas , mas a escultura que chama mais a atenção é a de Julio de Castilho já maduro e líder da vertente positivista do Rio Grande do Sul , nela está representados os ideais do líder positivista,a coragem ,sendo contida pela cautela e no lado oposto o guarda observado e mantendo a firmeza , no centro se encontra a figura, agora fiel, de Julio de Castilho ,mirando o horizonte e com um livro quase que fechado se mostrando pronto para levantar com seu pé um pouco inclinado , em cima de escultura de Julio de Castilho está uma escultura que representa a pátria ou melhor a república  .Outras referências são feitas no monumento como em relação a revolução francesa onde se vê o ano em que ocorreu, e também o gaúcho  que representa o povo e a felicidade em relação a república , dragão também tem seu significado que é o perigo e mais precisamente o perigo para república na época que era a volta da monarquia .
Mascara Mortuária
Bento Gonçalves
A segunda e última parada foi no museu Julio de Castilhos , que representa o museu  do Rio grande do Sul e se localiza na antiga residência do Julio  de Castilhos,Lá se nota diferentes cômodos com diferentes temas tem a famosa bota do gigante , a sala das missões com esculturas e artefatos feitos pelos indígenas , está também incluso a revolução farroupilha onde se tem pinturas de seus lideres , Bento Gonçalves , Giuseppe Garibaldi e sua esposa Anita Garibaldi , canhões ,armas e bandeiras utilizadas pelos farroupilhas  .O ponto chave do museu é o quarto do Julio de Castilho recriado com as mesmas mobilias, impressiona , está lá a mascara mortuária de Julio de Castilho sua famosa foto pintura ,escrivaninha e cadeira nela se pode sentir um pouco a a ideia do que era Julio de Castilho pois com uma corda a sala se divide , entre a vida publica e privada do líder dos positivistas.

Então chegando ao final podemos notar a importância que Julio de Castilhos teve e terá para o Rio Grande do Sul , e claro como se foi feita a fabricação deste imortal chamado Julio de Castilhos .

Foto-Pintura 
Escultura Missioneira

Cama de Julio de Castilhos , detalhe para a corda que divide a vida de Julio de Castilhos

Giuseppe Garibaldi




quarta-feira, 1 de julho de 2015

A Escrita do Passado em Museus Históricos

Neste livro Myrian Sepúlveda dos Santos retrata a história do museu imperial e o museu histórico nacional , começando pelo museu histórico nacional , ela retrata um pouco da história dos dois museus e como foram modificadas as formas de se expor ao longo dos anos .

Começando pelo museu histórico nacional que foi fundado em 1922 na cidade do Rio de Janeiro , tendo como principal agente de sua criação o Gustavo Barroso que foi seu diretor por quarenta anos , o museu nesses quarenta anos não apresentava reserva técnica , pois todo acervo era exposto não se tinha um roteiro e se tinha um grande interesse nas imagens dos "heróis" brasileiros por parte de Gustavo Barroso .Após a saída de Barroso o museu  começou a tomar outros rumos uma reserva técnica foi criada e um principio de roteiro foi formado  após esse período o museu tomou a sua forma onde se formou um roteiro e as peças em exposição começaram a ter o auxilio de maquetes e textos .

Fundado em 1940 o museu imperial já começou com o pé direito  tinha uma média de mil visitantes por dia sendo que muitos museus na época comemoravam se tivessem dez mil ao ano, o museu apresentava um certo encanto nos visitantes que se encantavam com as peças imperiais o glamour que tais peças traziam, o principal objetivo do museu era levar os visitantes de volta ao tempo totalmente parciais tratavam o período imperial como perfeito e sem falhas .Ao longo dos anos não mostrou grandes mudanças em relação a exposição e quando tentou mudar notou uma queda nas visitas.
Os dois museus tinha como objetivo montar uma nacionalidade apresentando nossa história o museu histórico nacional foi o único que mostrou essa mudança tentando se tornar mais imparcial ao longo dos anos e não apresentar, o chamado pela autora, "culto ao passado", onde tinha como o objetivo de idealizar o passado sem muita preocupação , o museu imperial por sua vez se manteve estático a isso e continuou sua fórmula de sucesso ao longo dos anos .

A criação de heróis ou A fabricação do imortal

O que faz alguém imortal?o que nos torna um herói ? no livro da Regina Abreu " A fabricação do imortal" é feito algo que torna um cidadão comum numa figura que pode ser posta ao lado de "heróis " nacionais como Duque de Caxias, Bento Gonçalves e Tiradentes, esse ato ,de tornar uma pessoa "comum" num herói nos faz pensar , sobre os verdadeiros heróis e nos faz imaginar seriam eles realmente tão fantásticos e únicos que devem ser idolatrados ?
Em qualquer livro ou filme que trate de alguém que teve fatos honrosos e pode ser considerado herói se vê as mesmas características, uma infância  com ares de sofrimento , superações ao longo da vida até alcançar o posto de herói mas será mesmo? será que na infância Napoleão já imagina estratégias e fazia brigas para "conquistar" terrenos de paris ? ou melhor será que para as pessoas que foram conquistadas por Alexandre o grande o viam  como um herói?como quase tudo , a relatividade  é a base da criação do herói , pessoas que compactuam com o nazismo dificilmente veem Hitler como um vilão .
Os museus , ou melhor a história em si tem esse grande dom de transformar um mero ser humano num ser admirável num ser que serve de exemplo ,Albert Einstein foi um dos maiores físicos de todos os tempos mas relatos apontam que tinha uma serie de normas para como sua esposa deveria trata-lo algumas ridículas , ele é admirável pelo que ele fez pela física? com toda certeza que sim , mas e como marido? bem acredito que ele não esteja figurando entre os melhores.
Mas o que interessa para um museu? A historia de como Bento Gonçalves teoricamente lutou contra o império brasileiro ou como ele tratava seus escravos? por muito tempo apenas a primeira parte importou hoje nós temos um novo pensamento que tenta "quebrar" um pouco essa imagem de um herói inigualável.Tornando-os mais humanos e menos heroicos.
 

terça-feira, 30 de junho de 2015

As faces do profissional Museólogo nos âmbitos nacionais e internacionais


O termo Museólogo para caracterizar o profissional de museus é mais utilizado no Brasil. Em âmbito nacional, a profissão só foi reconhecida nos anos sessenta, onde o graduado no curso de Museus - do Museu Histórico Nacional (RJ) - recebeu o diploma de Museólogo. Nos anos anteriores a 1960, o profissional era chamado de Conservador de  Museu e após, de Museologista.
No âmbito internacional, existem inúmeros termos que são capazes de descrever o profissional Museólogo, seja o indivíduo formado ou especializado em Museologia, bem como o que é proveniente de outros ramos do conhecimento e consequentemente exerce alguma função - científica e prática - em ambientes musealizados. Na França, o profissional pode ser chamado de Conservateur ou Museólogue. Em países que a língua inglesa é predominante, pode-se encontrar as denominações Curator, Museum Curator ou Museologist.
Os anos dourados para a definição do perfil do profissional Museólogo no Brasil compreendem o ano 1984 -  onde foi autorizado a criação de conselhos em nível nacional e  regional - e o ano de 1992 - quando foi conferido pelo Conselho Federal de Museologia (COFEM) as normas de conduta para o profissional Museólogo, com a nomenclatura de Código de Ética Profissional para os Museólogos - e 2009, quando foi instituído o Estatuto de Museus que acrescentava outras providências à profissão.
Segundo a Lei n° 7287 de Dezembro de 1984, cabe ao Museólogo: Ensinar Museologia nos seus diversos conteúdos; Planejar, organizar, administrar, dirigir e supervisionar os museus -  bem como as exposições, sejam de caráter educativo e/ou cultural - dentro de instituições de caráter museológico; Solicitar o tombamento de bens culturais materiais, assim como o registro de bens imateriais, nos seus respectivos livros; Coletar, conservar, preservar e divulgar o acervo museológico.
Todo o Museólogo no Brasil deve respeitar dois códigos de ética, o do Conselho Internacional de Museologia (ICOM) e o do Conselho Federal de Museologia (COFEM).Um Museólogo só poderá ser assim chamado após associar-se ao Conselho Regional de sua respectiva região. Antes disso, caso seja graduado em Museologia, ele será apenas Bacharel em Museologia. O Conselho Federal de Museologia conta com seis ramificações, denominadas COREM (Conselho Regional de Museologia). Apenas um COREM conta com um só estado, a 3ª Região, na qual o Rio Grande do Sul a compõe

O profissional Museólogo pode atuar em todo e qualquer local ou instituição onde pode-se  identificadar práticas museológicas, seja em museus, galerias de arte, institutos de pesquisa, centros de documentação, centros educacionais (que incluem escolas, universidades, centros de ciência e tecnologia, jardins botânicos, zoológicos, aquários e planetários), além de parques e reservas naturais, sítios históricos e arqueológicos, empresas de pequeno, médio e grande porte, coleções públicas e particulares, produtoras de vídeo e emissoras de televisão, arquivos, bibliotecas, teatros e cidades-monumento.

Las cajas españolas e sua importância


Em uma das aulas tivemos a oportunidade de assistir o filme "las cajas españolas", O filme retrata as pessoas que  sacrificaram seu tempo e arriscaram suas vidas para proteger obras de arte na guerra civil espanhola .O interessante é que esse tema não é único pois foi lançado no final do ano passado o filme "caçadores de obras primas"que retrata um grupo que também visa proteger obras só que no período da segunda guerra mundial.
Nos dois filmes podemos notar o sacrifício  que são feitos desde caminhões que tinham que ser abarrotados de caixas contendo quadros e dependo do local tinha que ser desmontados e montados novamente até o risco que o governo poderia trazer , mas o que faz esses quadros tão especiais ao ponto de custarem até mesmo a vida  de seus protetores?
A ligação com o passado , o estudo do belo e até mesmo do feio, a constituição de uma nacionalidade tudo isso faz parte  dessa admiração .Os museus tem grande força nessa ligação com o passado , com a construção dessa nacionalidade  claro que auxiliados  com as obras , mas qual o sentido? numa guerra aonde pessoas morrem , onde pessoas inocentes são mortas , qual o motivo de não auxiliar as pessoas ao invés das obras? é uma ideia  muito injusta essa , pessoas são e sempre serão prioridades as ideia de tentar justificar o descaso com a historia pelas pessoas mortas é muito injusto pois a guerra vai passar nenhuma guerra dura para sempre , nem uma pessoas dura para sempre a  unica coisa que fica é a historia é os quadros pintados é as esculturas feitas é as historias escritas isso é eterno e nunca deve ser apagado .
Abaixo está o documentário espanhol:


terça-feira, 12 de maio de 2015

Museus nacionais do século XIX


O século XIX pode ser chamado de era da ciência e cultura , principalmente no Brasil já que foi nesse século que grades avanços foram feitos nessas áreas , um deles foi a criação de três museus , o museu nacional localizado na capital da época,o Rio de Janeiro , o Museu Paulista, também conhecido como Museu do Ipiranga e por último o Museu Paraense localizado na entrada da floresta Amazônica, todos os três eram focados na ciências naturais , zoologia era a principal juntos com estudos minerais e botânicos .

O museu Nacional , foi criado em 1818 e teve como grande impulso a vinda da familia real para o Brasil em 1808 , já que o poder do império português havia se deslocado era necessário que a nova sede se transforma-se nao apenas politicamente como também culturalmente ,a criação do museu em seus primeiros anos foi bem conturbada não  tinha organização científica , e muitas vezes era feita
devidas reclamações ora por falta de verba ora por falta de objetos desejados,mas foi apenas  durante os anos de 1870 que o museu após uma reinauguração alcançou um caráter mais científico, com o Archivos do Museu Nacional revista que ajudou na divulgação do museu e com uma nova modelagem parecida com os museus científicos europeus.

O museu paulista por sua vez surgiu da ideia de homenagear a independência brasileira ideias de sua criação já eram relatadas desde 1824 , mas foi só em 1885 que de fato o museu foi inaugurado, tendo como diretor o zoólogo alemão Herman Von Ihering  que com certo radicalismo tomou conta do museu e das publicações feitas na revista do museu paulista .O museu  em 1893 adquiriu  coleções pertencentes a Joaquim Sertório , composta por peças de historia natural como também mobiliários , jornais e objetos indígenas .

O museu Paraense , foi o melhor localizado , já que estava na entrada da floresta amazônica , ele foi o ultimo a ser criado e sua criação e profissionalização foi impulsionada pelo boom da borracha que a região apresentou nos anos de 1890 , sendo que a fundação do museu  foi feita  em 1871 foi apenas em 1891 que o museu realmente teve sua inauguração feita , logo em 1893 foi feita a contratação de Emilio E Goeldi , zoólogo suíço que  havia sido demitido do museu nacional. Goeldi a partir de então tentou transformar o museu uma reprodução dos museus científicos europeus , criou o Boletim do Museu Paraense de Historia Natural e Etnografia , e em suas exposições .
Os três  tinham bastante semelhanças , todos queriam ser museu enciclopédicos onde todo conhecimento humano seria armazenado , mas também havia certa rivalidade principalmente dos museu de São Paulo e Pará com o carioca ,o paulista afirmava que o carioca não tinha o formato científico e o paraense dizia que o carioca apenas pegava aquilo que era do Pará sem nunca devolver, era uma grande busca para ver qual seria o mais completo na busca do titulo de enciclopédico ,os museus mantinham contato com outros museus europeus e com pesquisadores que eram muita vezes os principais doadores das instituições , como antes havia dito o principal  "produto" dos museus eram de origens animais ,vegetais e minerais , além de estudos antropológicos.
 Vale-se lembrar que na época o conhecimento era muito escasso e alfabetização era baixo e os museus poderiam ajudar e muito na educação , mas por causa de certos detalhes não se era feito , os detalhes são que não era qualquer pessoa que entrava no museu ,
o paulista por exemplo foi feito da classe alta para a classe alta paulistana , essa ideia foi perdurando e até hoje muitos tem a noção de museu como algo para ricos e não como meio de educação que ele é.
A importância desses museus é inimaginável eles foram os percursores enfrentaram problemas que até os museus de hoje enfrentam como o problemas com a verba e o espaço ,era um período difícil várias mudanças foram feitas  seja no Brasil como no mundo ,a luta feita por essas pessoas ficará para sempre , só me resta agradecer por tudo , muito obrigado "Era dos Museu" .

sexta-feira, 1 de maio de 2015

III Encontro História, Imagem e Cultura Visual




Comentário referente as apresentações feitas no dia 23/04/2015 no III Encontro História, Imagem e Cultura Visual :


As apresentações feitas nos dias foram referente , aos os museus sendo que as apresentações foram divididas em duas partes nas três primeiras foram referentes a museus gaúchos e as outras três foram com temas distintos. Na primeira parte das apresentações o que achei mais interessante foram certos termos como a ideia do museu pedagógico que foi apresentado na apresentação referente ao museu de história natural do colégio Anchieta, termo esse que vai de encontro com certos pontos que nos foram apresentados quando estudamos a nova museologia , já que tem a ideia de ir de encontro ao povo e ensinar de uma maneira muito mais prática do que dar um livro para um estudante dentro de uma sala de aula.Outras apresentações feitas nessa primeira parte se refere ao museu Julio de Castilho que eu já havia assistido em outra ocasião em sala de aula mas dessa vez foram apresentados novos aspectos sobre o Julio de Castilho e a necessidade que se teve em preservar sua imagem após sua morte.A última apresentação foi referente ao museu das missões, o que  chamou minha atenção foi as obras que lá são expostas , imagens de santos em sua maioria sem nem uma referência aos verdadeiros moradores do local , os índios.
A outra metade das apresentações tiveram temas distintos em relação a primeira metade, começando com a apresentação do   e como era prestigiado essa ideia.
projeto 40 museus em 40 dias que tinha o intuito de apresentar 40 museus da cidade de São Paulo em 40 dias ,o mais interessante foi que o projeto apresentava desde como chegar lá por transporte público como também a preocupação de serem museus com entrada franca ,ações que facilitaram muito o sucesso do projeto . A quinta apresentação do dia trouxe a exposição realizada na Colômbia com o tema “Colômbia na grande guerra” , foram nos apresentados principalmente os bastidores da exposição desde a ideia de como a imagem do pôster ,segundo a comunicadora passou a imagem errada, a como foi montado as trincheiras dentro do museu que deva a sensação de estar no meio do campo de batalha.A última apresentação teve o tema a exposição universal feita em Paris em 1900 ,o que me chamou atenção foi a ideia que a exposição passava ,de trazer os conhecimentos de diferentes países reunidos em um só local
Como estudante de museologia o meu foco foi mais para como foram feitas as pesquisas e as ideias técnicas passadas pelas comunicadoras é impressionante o mundo que existe nesse universo chamado museu ,desde exposições universais a como manter a imagem de um líder tudo isso faz parte do museu , todas as ideias, todas as pesquisas apresentadas só me fizeram ter o sentimento de gratidão por estar lá e ver como eu não sei nada , e é muito bom não saber nada pois só assim esse sentimento de maravilha  existe quando adquirimos o conhecimento.