Nessa última visita podemos percorrer o Museu do Percurso Negro em Porto Alegre, foi particularmente minha segunda visita e me foi concebido um nova visão sobre o percurso , a grande ideia do percurso não é vitimizar a história do negro em Porto Alegre , mas sim trazer a glória do povo que sim, sofreu , diferente de imigrantes europeus eles não foram convidados mas sim forçados a vir ao Brasil , é um história difícil e cheia de dificuldades para ser abordada , não cabe a mim vir a falar sobre ela , pois mesmo sendo descendente de negros nunca sofri essa doença chamada racismo , herança do período da escravidão, é necessário ter orgulho desta história , pois mesmo com essa situação foi dada a volta por cima e ainda é dada cada dia mais .Sobre a visita deve ficar claro a sua importância , pois muito que se tem sobre negros seja em escolas ou até mesmo em museus está ligado a escravidão , mas não é apenas essa histórias dos negros seja no rio grande do sul ou no mundo , assim como outras culturas,histórias e fatos incríveis e belos existem , e o Museu do percurso negro é isso , além de um grande simbolo de resistência eles são um grande simbolo da cultura negra , porto-alegrense ,gaúcha e brasileira ,principalmente brasileira , pois o Brasil nada mais é que a mistura das etnias existentes .
Quero também agradecer a professora Zita Possamai que proporcionou a nós futuros museólogos essas visitas ao longo da disciplina de Museu, cidade e patrimônio ,foi fantástico para mim que nasceu e foi criado em Porto Alegre ter esse verdadeiro banho de cultura e conhecimento sobre a minha cidade natal , é fantastico ver como Porto Alegre foi e ,como ela é rica na questão da história e da arte.Novamente quero agradecer aos meus colegas e a professora Zita Possamai nossos encontros quarta pela manhã irão fazer falta.
Abaixo está um pouco mais da formação do Percurso do Negro em Porto Alegre , para saber mais o link do site está no final do texto.
Formação
O desenvolvimento partiu de uma construção coletiva da comunidade negra local, onde sua falta de representatividade no patrimônio cultural remetia à invisibilidade social desta parcela da população. O projeto estabelece visualização e fruição de espaços marcantes para a etnia negra do ponto de vista da memória, da identidade e da cidadania, gerando percursos através da construção de obras públicas que referendem a passagem dos ancestrais por lugares territorializados pela comunidade negra na cidade de Porto Alegre. Paralelamente à construção das obras de arte públicas, a equipe do Museu mantém cursos de formação para jovens monitores, já tendo realizado duas edições, sendo a primeira na Escola de Saúde Pública em 2009 e a segunda no Quilombo do Areal em 2014.
Execução
O projeto se constitui através da colaboração de diversas entidades do movimento negro, reunidas pelo Centro de Referência Afro-brasileiro. A primeira etapa do Museu de Percurso do Negro, concluída no ano de 2011, foi realizada por diversas entidades, sob a coordenação gestora do Grupo de Trabalho Angola Janga. Nessa etapa o Museu fazia parte do Programa Monumenta, do Ministério da Cultura (MinC), executado com recursos da União, de estados e de municípios, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e cooperação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e da UNESCO. Na primeira etapa foram executadas as obras de arte Tambor e Pegada Africana. A terceira etapa foi protagonizada pela Congregação em Defeza das Religiões Afrobrasileiras - CEDRAB RS, e contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre para a execução da obra de arte Bará do Mercado. A realização da quarta etapa conta com recursos oriundos do Prêmio Funarte de Arte Negra / MinC-Seppir, e inclui a execução da obra de arte pública Painel Afrobrasileiro, além da formação de jovens monitores do Quilombo do Areal e o lançamento de um catálogo.
O Percurso do Negro em Porto Alegre
O percurso visual em processo de execução evoca a presença, a memória, o protagonismo social e cultural dos africanos e descendentes no Centro Histórico da cidade de Porto Alegre, cuja pesquisa histórico-antropológica indicou os lugares vivenciados pelos negros, a fim de elaborar objetos de arte representativos, como no Cais do Porto e antigos Ancoradouros; no Mercado Público e seu entorno; no Largo da Quitanda (Praça da Alfândega); no Pelourinho (Igreja das Dores); no Largo da Forca (Praça Brigadeiro Sampaio) e Esquina do Zaire (Av. Borges de Medeiros com Rua da Praia). No entorno, a partir das redes de relações sociais dos negos cativos e livres, temos a Igreja da Nossa Senhora do Rosário, o Mercado Público e a Santa Casa de Misericórdia, a Colônia África e o Areal da Baronesa.
Site do Museu:http://museudepercursodonegroemportoalegre.blogspot.com.br/